Conhecimento que Transforma
a Segurança dos Alimentos!
Juntos, semeamos conhecimento para colher um futuro mais seguro
A cultura de segurança dos alimentos tem ganhado destaque mundial porque, cada vez mais, percebe-se que não basta dominar processos técnicos: é preciso que pessoas ajam com ética, coerência e responsabilidade. E poucos casos ilustram isso tão bem quanto o episódio recente envolvendo a Campbell’s, gigante americana do setor alimentício.
Quando a cultura falha, o produto falha.
A empresa demitiu um de seus executivos após declarações discriminatórias e ofensivas sobre os próprios produtos. Ele afirmou que a Campbell’s “vende comida ultraprocessada para pessoas pobres” e que jamais consumiria aquilo que supervisiona.

Essa fala expõe um problema muito maior: quando a liderança não acredita no produto, a cultura organizacional está comprometida.
Isso revela que a cultura de segurança dos alimentos não é um manual, nem uma frase bonita na parede. É comportamento — e ele começa na liderança.
Ética, moral e o impacto direto no Food Safety
Cultura é aquilo que um funcionário faz quando ninguém está olhando.
É o que líderes toleram, reforçam ou ignoram.
É o que se repete ao ponto de virar norma.
Anos atrás, ao realizar uma auditoria em uma indústria de laticínios, encontrei um exemplo perfeito de como falhas culturais começam: colaboradores estavam reutilizando uma água gerada no processo de secagem — sem estudo, sem validação, sem segurança.
A ideia veio de alguém “influente”, que acreditava que aquilo economizaria custos.
Esse improviso virou rotina.
Rotina virou hábito.
E o hábito virou risco.
Para encerrar a prática, pedi que a diretoria bebesse aquela água.
Nenhum deles aceitou. E a pergunta final foi inevitável:
“Se vocês não bebem, por que acham aceitável incluir isso na produção?”
Processo interrompido. Cultura resgatada. A cultura de segurança dos alimentos exige coerência.
Uma cultura sólida depende de:
Se a cultura não é construída diariamente, ela é substituída por comportamentos que ninguém gostaria de admitir.
Por que isso importa para o Food Safety?
Porque produto seguro não é só técnica — é cultura.
Quando a cultura é fraca:
Uma empresa pode ter laboratórios de ponta, certificações e auditorias… mas, se a cultura é frágil, nenhuma ferramenta impede um escândalo.
O caso da Campbell’s reforça isso:
não existe cultura de segurança dos alimentos onde a liderança não respeita o próprio produto.
A segurança dos alimentos depende de confiança, ética e responsabilidade e esse caso acende o alerta:
Como está a cultura da sua empresa?
Ela existe na prática ou só no discurso?