MAPA confirma morte de 284 equinos por ração contaminada
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), informou hoje, 23 de julho, uma atualização no número de equinos mortos após consumirem rações contaminadas. Segundo os dados, já chega a 284 o número de animais que morreram em após consumir rações fabricadas pela empresa Nutratta Nutrição Animal Ltda.
Devido a isso, a decisão judicial que permitia, parcialmente, a retomada da produção e venda de rações não destinadas à equinos foi revogada. Assim, volta a valer a suspensão total determinada pelo MAPA, que proíbe a fabricação de rações para qualquer animal até que a empresa comprove ter corrigido todas as falhas, o que até o momento não aconteceu.
Investigações do Ministério apontam que a contaminação aconteceu devido a falhas no controle da matéria-prima, que continham resíduos de Crotalária, planta que possui alcaloides, como a monocrotalina, tóxicos para animais.
Sobre o caso
O caso teve início no dia 26 de maio, quando o MAPA recebeu, por meio do canal Fala.BR, uma denúncia sobre mortes de cavalos em São Paulo. Poucos dias depois, no dia 30, fiscais do MAPA visitaram uma propriedade em São Paulo e identificaram suspeitas sobre a ração fornecida aos animais.
Entre 2 e 4 de junho, inspeções na fábrica Nutratta revelaram falhas nos processos de produção e controle de qualidade. Novas denúncias foram surgindo e observou-se que todos os equinos mortos haviam consumido produtos da empresa investigada.
Diante disso, o MAPA emitiu um alerta para a suspensão imediata do consumo das rações fabricadas pela Nutratta.
No dia 25 de junho, análises laboratoriais confirmaram a presença de monocrotalina, uma substância tóxica e proibida para equinos.
Desde então, o Ministério mantém as investigações e continua recolhendo os lotes do produto contaminado.
Importância da segurança dos alimentos
Casos como este reforçam a importância da segurança na produção de alimentos, tanto para consumo humano quanto animal. Além disso, boas práticas de fabricação, controle rigoroso de insumos e vigilância sanitária eficiente são fundamentais para prevenir tragédias como essa, garantir a qualidade dos alimentos e proteger a vida, seja animal ou humana.
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Fonte da imagem: Freepik.
