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O soro do leite, gerado da produção de queijos que antes era descartado, tem ganhado destaque devido ao seu alto potencial nutricional e funcional. Nesse contexto, as proteínas do soro do leite, conhecidas como whey proteins, vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado de alimentos.
Para fins regulatórios, o soro do leite é regulamentado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) por meio da Instrução Normativa n° 94, de 18 de setembro de 2020. Desse modo, a IN o define como sendo um produto lácteo líquido extraído da coagulação do leite utilizado no processo de fabricação de queijos, caseína alimentar e produtos similares (Brasil, 2020).
A proteína do soro possui diversos benefícios por ser considerada de alta qualidade e de fácil acesso e consumo (Arentson-Lantz, Kilroe, 2021). Ademais, apresenta benefícios como;
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), o Brasil é o maior consumidor de proteína do soro do leite na América do Sul. Assim, a febre dos produtos proteicos vai muito além dos suplementos, no país, iniciativas criativas também vêm ganhando espaço e diversificando a oferta, incorporando proteína em diferentes tipos de alimentos e bebidas.
De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), foram analisados 52 alimentos industrializados que exibiam alegações de alto teor proteico e revelou que muitos rótulos podem ser enganosos. Primeiramente, o instituto identificou que em diversos casos, os valores destacados de proteína se referiam a porções diferentes da unidade vendida, podendo levar o consumidor a interpretar incorretamente a quantidade real de proteína consumida. Além disso, alguns produtos não cumpriam as normas da Anvisa, pois não atingiam nem 10% do valor diário de referência de proteína necessário para utilizar alegações de “alto teor proteico”. Consequentemente, essa comunicação nutricional enganosa é prejudicial, pois faz parecer que ultraprocessados são alimentos saudáveis, o que não corresponde à realidade.
Com o crescimento do mercado de whey protein, empresas do setor alimentício têm a oportunidade de inovar e diversificar seus produtos. Ademais, versatilidade do soro do leite permite o desenvolvimento de alimentos e bebidas mais saudáveis e atraentes para consumidores cada vez mais exigentes.
Referências
ABIAD. Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres. Disponível em: https://abiad.org.br/. Acesso em: 15 ago. 2025.
ARENTSON-LANTZ, E. J.; KILROE, S. Practical applications of whey protein in supporting skeletal muscle maintenance, recovery, and reconditioning. Journal of Animal Science, 25 fev. 2021.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Pecuária. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução Normativa n° 94, de 18 de setembro de 2020. Aprova o regulamento técnico que fixa os Padrões de Identidade e qualidade para o soro de leite e o soro de leite Ácido. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, p. 5, 22 set. 2020.
IDEC. Instituto de Defesa do Consumidor. Disponível em: https://idec.org.br/. Acesso em: 14 ago. 2025.