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Grandes indústrias de alimentos e bebidas globais nos Estados Unidos estão, de forma voluntária, eliminando uma vasta gama de corantes artificiais de seus produtos. Essa transição não é apenas uma tendência, mas sim uma respostas a novas regulamentações. E também para atender a demanda dos consumidores por ingredientes mais simples, naturais e reconhecíveis.
Diante disso, o movimento em direção a rótulos mais limpos e produtos mais saudáveis reflete uma mudança nos consumidores, cada vez mais conscientes dos ingredientes consumidos e seus impactos na saúde.
Além disso, a pressão regulatória, tem sido o impulso necessário para que as empresas acelerem essa mudança, alinhando-se com as expectativas de um público mais informado e exigente.
As preocupações com os corantes artificiais não são novas. Dessa forma, críticos e estudos científicos têm apontado para os potenciais impactos dessas substâncias na saúde humana, principalmente em crianças. Ademais, um dos principais argumentos levantados é de que esses corantes tornam lanches e doces não saudáveis ainda mais atraentes, incentivando o seu consumo, contribuindo para problemas de saúde.
Na Europa, a legislação já é mais rigorosa, exigindo que produtos contendo certos corantes artificiais incluam advertências sobre possíveis efeitos adversos na atividade e atenção de crianças.
O comissário da FDA, Marty Makary, descreveu os corantes artificiais como uma “sopa tóxica de produtos químicos sintéticos”, destacando a gravidade da situação e a necessidade de ação.
Diante dessas preocupações, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) e a FDA anunciaram uma série de medidas para eliminar gradualmente todos os corantes sintéticos à base de petróleo dos alimentos nos EUA. Esta iniciativa faz parte dos esforços da Comissão Make America Healthy Again (MAHA) que traça um plano para combater doenças crônicas em crianças americanas. Desse modo, as ações da FDA incluem:
A indústria alimentícia tem respondido a essas pressões com compromissos voluntários para reformular seus produtos. A International Dairy Foods Association (IDFA) também está promovendo um compromisso voluntário para eliminar corantes artificiais certificados em produtos lácteos (leite, queijo e iogurte) vendidos para escolas K-12 nos Programas Nacionais de Merenda e Café da Manhã Escolar até julho de 2026.
Além das iniciativas federais, diversos estados americanos têm tomado a dianteira na proibição de corantes artificiais, especialmente em alimentos servidos em escolas. Ademais, cinco estados (Arizona, Califórnia, Utah, Virgínia e Virgínia Ocidental) já aprovaram leis que proíbem o uso desses corantes em alimentos escolares. Dentre eles:
A Califórnia deu um passo significativo para proteger a saúde das crianças ao aprovar uma lei que proíbe seis químicos ligados a problemas comportamentais, incluindo o corante vermelho nº 40 (Red Dye No. 40). Desse modo, esta legislação proíbe o uso de corantes e aditivos artificiais específicos em alimentos e bebidas para alunos da educação infantil até o ensino médio, afetando itens populares como cereais, sorvetes e doces.
O Arizona promulgou a lei HB 2164, conhecida como Lei de Escolas Saudáveis do Arizona, em 2025. Assim, a partir do ano letivo de 2026-2027, escolas que participam de programas de refeições financiadas ou assistidas federalmente estão proibidas de servir, vender ou permitir que terceiros vendam alimentos ultraprocessados no campus escolar. Ademais, a lei proíbe especificamente o uso de diversos corantes, incluindo Azul FD&C nº 1 e nº 2, Verde FD&C nº 3, Vermelho FD&C nº 3 e nº 40, Amarelo FD&C nº 5 e nº 6.
Nova York também implementará restrições a corantes artificiais em alimentos e bebidas servidos por agências municipais (hospitais e escolas). Sendo assim, as mudanças vão começar a partir de 1º de julho de 2026, afetando 219 milhões de refeições e lanches servidos anualmente.
Portanto, a eliminação de corantes artificiais nos alimentos dos EUA é um movimento abrangente, impulsionado por uma combinação de conscientização do consumidor, evidências científicas e ações regulatórias. Assim sendo, a transição para alternativas naturais representa um passo significativo em direção a um sistema alimentar mais saudável e transparente.
Fonte da imagem: Freepik.
Referências