Conhecimento que Transforma
a Segurança dos Alimentos!
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Nas últimas semanas, diferentes países registraram uma nova onda de recalls, proibições e ações de fiscalização envolvendo desde alimentos até saneantes. São eventos que, à primeira vista, parecem desconectados: um sabão líquido contaminado no Brasil, um picolé com ingrediente não autorizado, um lote de leite com fluido de limpeza nos Estados Unidos e uma operação de falsificação de alimentos na Ucrânia.
Contudo, quando analisamos tecnicamente cada caso, emerge um padrão claro: os riscos são variados, mas a causa raiz remete sempre às pessoas: suas decisões, falhas, escolhas e valores.
E essa é a linha que divide empresas responsáveis de operações imprudentes ou criminosas.
A seguir, entenda cada caso e o que eles revelam sobre gestão de risco e cultura de segurança.
A Ypê, após análises internas de rotina, detectou Pseudomonas aeruginosa em alguns lotes de seus produtos Lava Roupas Líquido. A empresa comunicou a Anvisa e iniciou um recall voluntário, reforçando o papel da autovigilância como ferramenta de proteção do consumidor.
A bactéria é um patógeno oportunista capaz de causar infecções que podem ser graves, especialmente em pessoas imunocomprometidas.
Os lotes afetados incluem produtos das linhas:
Houve falha: sim! Uma detecção tardia, mas não podemos negar a demonstração da empresa do seu compromisso com a segurança dos consumidores, anunciando o Recall assim que detectou a não conformidade.
A Anvisa proibiu a produção e comercialização de dois produtos:
O motivo: presença de creatina, um ingrediente não autorizado para uso em alimentos segundo a legislação sanitária brasileira. O aditivo é permitido exclusivamente em suplementos alimentares destinados a adultos, com regras específicas.
A consulta ao dossiê da Anvisa confirma que a decisão se baseou na falta de conformidade regulatória e no risco potencial pela adição de uma substância não prevista para consumo infantil — grupo que frequentemente consome esses produtos.
A FDA publicou o recall da empresa Prairie Farms, referente a um lote de leite desnatado em galões produzido em Dubuque, Iowa. O motivo: contaminação por fluido de limpeza, identificada após consumidores relatarem sabor e odor anormais.
De acordo com o comunicado oficial da FDA, o produto foi distribuído para lojas Woodman’s nos estados de Illinois e Wisconsin. O recall foi imediato.
Casos como esse revelam uma vulnerabilidade sensível: a etapa de limpeza e sanitização pode se tornar um ponto crítico de contaminação química quando falha.
Reportagem do Food Safety News detalha a ação das autoridades ucranianas, que destruíram um esquema ilegal de produção de alimentos falsificados em Kyiv. Produtos eram fabricados em ambiente insalubre, embalados com rótulos que imitavam marcas legítimas como Bonduelle, Veres, Aquamarine, H.J. Bruggen KG, entre outras.
Os alimentos eram produzidos em oficinas subterrâneas, sem qualquer controle sanitário, com ingredientes desconhecidos e destinados à comercialização como se fossem produtos originais.
À primeira vista, nada:
Mas, tecnicamente, tudo.
Quando analisamos com profundidade, percebemos que:
Os riscos estão presentes em toda a cadeia de produção, em qualquer segmento.
Do saneante ao alimento infantil, passando pelo leite e chegando às tentativas criminosas de falsificação.
Os perigos são variados, mas não surgem do nada.
Eles sempre derivam de alguma decisão humana:
São elas que planejam, executam, validam, conferem, autorizam, higienizam, liberam lotes… ou escolhem violar regras.
Há um abismo gigantesco entre:
Esse abismo tem nome: cultura.
Cultura de qualidade.
lass=”yoast-text-mark” />>Cultura de segurança dos alimentos.<br class=”yoast-text-mark” />>Cultura de integridade.
>Cultura de responsabilidade.
>Cultura de fazer o certo quando ninguém está olhando.
Empresas que investem em:
✔ pessoas,
✔ treinamento,
✔ liderança,
✔ processos bem definidos,
✔ e vigilância ativa,
são as únicas capazes de prevenir, corrigir e agir com responsabilidade quando algo sai do esperado.
Os casos acima não são exceções, são reflexos de uma realidade.
O risco nunca é zero.
Porém pode ser gerenciado, reduzido, monitorado e prevenido quando há uma cultura forte orientando decisões.
Cultura não é palestra anual.
Não é quadro na parede.<br />Não é manual esquecido na gaveta.</p>
Cultura é comportamento diário.
>É coerência.
>É vigilância.
>É integridade.
>É liderança.
E, no fim, a pergunta mais importante não é:
“Qual é o risco?”
mas sim:
“Quem está cuidando para que ele não aconteça?”
REFERÊNCIAS
Lava roupas Ipê recolhido do mercado.
Proibição de venda e Recall de doce de amendoim com creatina.
Proibição de venda e Recall de picolé com creatina.
Recall de Leite com fluido de limpeza.
Falsificação de alimentos na Ucrânia.