A segurança dos alimentos é uma pauta cada vez mais urgente, especialmente em um mundo impactado por mudanças climáticas, globalização das cadeias produtivas e aumento nos casos de doenças transmitidas por alimentos. Em resposta a esse cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, em 2022, sua Estratégia Global para a Segurança dos Alimentos até 2030, com metas ambiciosas e ações concretas.
Qual o objetivo?
O objetivo central é reduzir em 40% os casos de doenças diarreicas transmitidas por alimentos até o fim da década, protegendo principalmente crianças e populações vulneráveis. Mas alcançar essa meta exige uma transformação profunda na forma como os países controlam, monitoram e se comunicam sobre os riscos alimentares.
Essa iniciativa é conhecida como Segurança dos alimentos: metas da OMS até 2030, e está estruturada em cinco direções principais:
- Fortalecimento dos sistemas nacionais de controle de alimentos, com leis atualizadas, infraestrutura adequada, equipes técnicas treinadas e articulação entre diferentes setores.
- Resposta a desafios emergentes, como o impacto das mudanças climáticas na produção de alimentos, o avanço de tecnologias que ainda carecem de regulamentação e a circulação de desinformação sobre segurança alimentar.
- Uso sistemático de evidências científicas e análise de riscos, com base em dados de vigilância, surtos registrados e avaliação de perigos. Permitindo políticas públicas mais eficientes e preventivas.
- Engajamento de todos os envolvidos na cadeia alimentar, desde o produtor rural até o consumidor final. Com isso, promovendo a comunicação de riscos de forma acessível e empática.
- Integração da segurança dos alimentos com as políticas de comércio e segurança alimentar, harmonizando normas internacionais. Assim, facilitando exportações e evitando barreiras técnicas injustificadas.
O uso da abordagem One Health
Um dos pilares mais relevantes dessa estratégia é o uso da abordagem One Health, que propõe uma visão integrada da saúde humana, animal e ambiental. A abordagem destaca que a qualidade dos alimentos depende de todo o ecossistema em que são produzidos e transportados, e não apenas do produto final.
Além disso, a cooperação internacional desempenha um papel fundamental: OMS e FAO coordenam a padronização de normas, compartilham dados estratégicos e oferecem capacitação técnica a países de baixa e média renda.
O Brasil, como potência agrícola e alimentar, precisa estar atento a essas diretrizes. O debate sobre Segurança dos alimentos: metas da OMS até 2030 influencia diretamente políticas públicas, acordos comerciais, legislações sanitárias e expectativas dos mercados internacionais.
Acompanhar essa estratégia é fundamental para quem trabalha com alimentos — seja na indústria, na gestão pública, no campo ou na pesquisa.
No blog Semear, seguimos monitorando as tendências globais para traduzir, interpretar e aplicar esse conhecimento ao nosso contexto. Sempre com foco na Segurança dos alimentos: metas da OMS até 2030.
