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Surto de E. coli McDonald’s

Surto de E. coli associado aos Quarter Pounders do McDonald’s

Tradução: site CDC e FDA

Por: Keli Lima Neves

Definitivamente, 2024 têm se mostrado um ano de muito movimento nos assuntos relacionados a segurança dos alimentos no mundo.

 

Surto de E. coli McDonald’s

Ontem nos deparamos com a notícia da possível contaminação de hambúrguer do McDonald´s com a E coli O157  o que faz os profissionais do Food Safety da minha época, relembrar do caso do Jack in the Box.

Jack in the box

surto de E. coli do Jack in the Box de 1992–1993 ocorreu quando a bactéria Escherichia coli O157:H7 (originada de hambúrgueres de carne contaminados) matou quatro crianças e infectou 732 pessoas em quatro estados dos EUA. O surto envolveu 73 restaurantes Jack in the Box  e foi descrito como “de longe o surto de intoxicação alimentar mais infame da história contemporânea”. A maioria dos afetados tinha menos de 10 anos. Quatro crianças morreram e outras 178 ficaram com ferimentos permanentes, incluindo danos renais e cerebrais.

A contaminação foi associada ao hambúrguer malpassado, que, segundo as investigações, mesmo existindo uma  norma que determina a temperatura de cozimento para esse produto, esta norma não foi seguida, pois a temperatura orientada não deixava o hambúrguer dentro das características sensoriais esperadas. E o não cumprimento desta regra resultou na morte e adoecimento de crianças.

 

Surto de E. coli McDonald’s

O que sabemos até agora?

Um surto de infecção provocado pela E. coli O157:H7, associado ao hambúrguer Quarterão do McDonald’s, deixou dezenas de pessoas doentes e uma vítima fatal. A investigação está em andamento.

Foram reportados 49 casos de infecção, com 10 pessoas hospitalizadas. Os sintomas incluem cólicas severas, diarreia e vômito. Essa cepa pode causar doenças graves, como o surto fatal em 1993.

Resumo:

  • Casos : 49
  • Hospitalizações : 10
  • Mortes : 1
  • Estados : 10

 

Investigação em andamento

A origem exata do surto ainda está sendo investigada, mas as autoridades concentram-se nas cebolas fatiadas e nos hambúrgueres de carne bovina como possíveis fontes de contaminação.

Onde vivem os doentes?

Este mapa mostra onde viviam as 49 pessoas envolvidas neste surto de E. coli .

Este surto pode não estar limitado aos estados com doenças conhecidas, e o número real de pessoas doentes é provavelmente muito maior do que o número relatado. Isso ocorre porque muitas pessoas se recuperam sem cuidados médicos e não são testadas para E. coli.

 

                         Fonte da imagem: CDC

Quando as pessoas ficaram doentes:

Este gráfico mostra quando as 49 pessoas neste surto de E. coli ficaram doentes.

 

                               Fonte da imagem: CDC

 

Ações imediatas do McDonald’s

A empresa retirou proativamente os hambúrgueres e as cebolas fatiadas das lojas nas áreas afetadas e suspendeu a venda do Quarterão em alguns estados dos EUA.

 

Repercussão financeira e mercadológica

As ações do McDonald’s caíram 6%, e o surto pode afetar o mercado de carne bovina nos EUA. A cadeia está trabalhando para restabelecer a segurança e confiança nos seus produtos.

Importante destacar a rapidez do McDonald`s na investigação e tomada de ação. Isso demonstra que a empresa possui um robusto programa de rastreabilidade e relacionamento com seus fornecedores. Neste caso, foi identificado que a contaminação pode estar no Hambúrguer ou na cebola frescas fatiadas e os fornecedores destes itens, estão também em investigação.

Sintomas de E. coli

  • A maioria das pessoas infectadas com E. coli produtora de toxina Shiga apresentam cólicas estomacais intensas, diarreia (geralmente com sangue) e vômitos.
    • Os sintomas geralmente começam de 3 a 4 dias após a ingestão da bactéria.
    • A maioria das pessoas se recupera sem tratamento após 5 a 7 dias.
  • Algumas pessoas podem desenvolver problemas renais graves (síndrome hemolítico-urêmica, também chamada de SHU) e precisam ser hospitalizadas.
  • Saiba mais  sobre a Escherichia coli

Reflexão

  • Não importa o tamanho da empresa, falhas podem acontecer!
  • A Segurança dos alimentos consumidos depende de uma cadeia e está na mão de cada pessoa envolvida neste processo.
  • Um programa de rastreabilidade eficiente faz toda diferença em situações como essa.
  • Trabalhe com fornecedores que você pode confiar mas ainda assim, tenha medidas internas para avaliar ou mitigar possíveis riscos.

 

Fontes: CDC e FDA

Fonte da imagem: Freepik

Keli Lima
Keli Lima

CEO da BR Quality e Estilo Food Safety, especialista em Qualidade e Segurança dos Alimentos. Atua como consultora, mentora e auditora líder em normas de Food Safety e ESG.