RH na cultura de segurança dos alimentos: qual o seu papel estratégico?

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O incentivo aos comportamentos e ações corretas no que se refere as Boas Práticas de Fabricação ou as práticas para produção de alimentos seguros em uma organização que faça parte da cadeia de produção tornou-se conhecido como uma cultura de segurança de alimentos. Em fevereiro de 2020, o GFSI adicionou esta cultura como um requisito para empresas que desejam obter ou manter a certificação de um padrão de referência GFSI. Isso significa que a organização deve atender elementos que demonstrem a maturidade da cultura de segurança de alimentos, bem como o comprometimento da alta administração. A capacitação e engajamento da equipe e dos colaboradores nos procedimentos estabelecidos e suas diretrizes é um dos maiores desafios, pois o foco para mudança ou aprimoramento de cultura está no comportamento humano. Para obter pleno êxito na implementação, os colaboradores de toda a cadeia produtiva, incluindo a direção da organização, devem ter um objetivo em comum: conhecer e reduzir a níveis aceitáveis os potenciais perigos a saúde do consumidor e cada um precisa entender o seu papel neste contexto. Por isso o papel estratégico do RH na cultura de segurança dos alimentos precisa ser entendido. Segundo o Whitepaper BSI “Cultura de Segurança e Qualidade de Alimentos” 2021, uma cultura de segurança e qualidade de alimentos é um componente importante da resiliência nas empresas de alimentos. Ela ajuda a proporcionar vantagem competitiva e sustentável porque uma cultura forte pode assumir riscos mais controlados e mudar mais facilmente para novos padrões de trabalho nos ambientes atuais de rápida evolução e disrupção. É necessário que a equipe conheça os requisitos normativos e legais para garantir a produção segura. O desenvolvimento de uma análise de risco de produtos e processos detalhada facilitará o entendimento de quais controles e frequências serão necessários. Mas de nada adianta termos procedimentos estabelecidos e robustos se os colaboradores e a equipe não possuírem conhecimento detalhado e é aí que entra a equipe de Recursos Humanos.

Qual o papel estratégico do RH frente à adoção de uma cultura efetiva de segurança dos alimentos?

A atuação de consultores nas organizações somente poderá ser efetiva se ocorrer em sincronia à atuação de um RH que entende como sendo seu papel a manutenção de uma cultura que tem sua introdução feita por meio de consultorias e treinamentos. Um RH estratégico, além de fornecer oportunidades de conhecimento, preparação e treinamento, precisa dar condições e suporte para que cada líder na sua área seja um gestor da segurança de alimentos. Um líder inspirador e engajador, exerce influência na empresa e começa a trazer visibilidade para que outras pessoas também se sintam estimuladas a adotar comportamentos e ações corretas frente à segurança dos alimentos. Uma vez que esses líderes se tornam embaixadores do projeto de adoção desta cultura e as pessoas se sentem estimuladas por essas lideranças, elas passarão a sentir pelo projeto a mesma simpatia que têm pelos seus líderes. De fato incorporar ou introduzir novidades em uma cultura organizacional não é uma tarefa fácil, porém, não é impossível. Se você faz parte da equipe de RH que precisa implementar essa nova cultura, saiba que precisa começar trazendo oportunidades e suporte para que os colaboradores desenvolvam suas habilidades de liderança em paralelo à capacitações técnicas voltadas à cultura de segurança dos alimentos.  

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