Conhecimento que Transforma
a Segurança dos Alimentos!
Juntos, semeamos conhecimento para colher um futuro mais seguro
Entre os contaminantes químicos mais preocupantes para a saúde pública, as aflatoxinas se destacam por seu alto potencial tóxico, cancerígeno e por estarem amplamente presentes em diversas cadeias alimentares, especialmente em climas tropicais e subtropicais, como o Brasil.
A possibilidade de ter aflatoxina e outras micotoxinas nos alimentos que você consegue é maior do que você pode imaginar e só sabe se tem ou não tem quem controla, quem levanta esse perigo no plano de APPCC e define medidas de controle, monitoramento e verificação. O fato é que muitos, não controlam.
Segundo as notícias foi a própria Nestlé que identificou em analises de rotina a presença de aflatoxina acima do estabelecido pela legislação e decidiu anunciar o recall.
E você pode estar se perguntando, mas como só identificou depois que o produto estava no mercado?
Isso também é comum. Pois trata-se de um perigo que é controlado por prevenção, não há uma medida de controle que pode ser adotada pelas fábricas para reduzir ou eliminar este perigo, sendo assim, a única forma é evitar e para isso as empresas estabelecem controles de seus fornecedores que devem adotar formas de monitoramento, assim, se algum controle na cadeia falhar, o produto final pode estar contaminado e casos como este, onde detecta-se tardiamente podem acontecer, por identificar por exemplo em uma análise de verificação.
As análises de verificação não são controles associados a liberação do produto e sim para avaliar se o processo de monitoramento está funcionando adequadamente, então detecta-se uma falha no monitoramento e a boa prática pede que realiza-se a rastreabilidade para identificar se algum produto pode ser considerado potencialmente inseguro e se este estiver no mercado deve ser recolhido.
Fungos do gênero Aspergillus, especialmente A. flavus e A. parasiticus, produzem as aflatoxinas quando crescem em alimentos e rações sob condições inadequadas de umidade e temperatura. Essas toxinas surgem como metabólitos secundários durante esse desenvolvimento.
Isso significa que, para que o alimento esteja contaminado com qualquer micotoxina, antes ele esteve contaminado com específicos gêneros de fungos que em determinada quantidade e condições produzem metabólitos como as micotoxinas que tem função de defesa e sobrevivência em ambientes estressantes, é uma forma que os microrganismos encontraram de dar continuidade a vida da espécie.
Leia o artigo sobre Micotoxinas.
As principais aflatoxinas são:
As aflatoxinas são comumente encontradas em:
Uma vez presentes na matéria-prima, são altamente resistentes aos processos convencionais de processamento de alimentos, como cozimento, fermentação, moagem e pasteurização (afinal, trata-se de uma forma inteligente de sobrevivência e por isso deve ser resistente).
Isso acontece principalmente devido à alta estabilidade química e térmica das aflatoxinas, características que impedem sua remoção eficaz durante as etapas de produção. Como resultado, essas toxinas persistem e se acumulam ao longo da cadeia alimentar, desde a colheita até o consumo final. Por essa razão, representam um risco contínuo à saúde humana e justamente por isso, a prevenção deve ser a principal forma de controle.
A exposição contínua a aflatoxinas está associada a diversos problemas de saúde:
A aflatoxina M1 é uma forma hidroxilada da B1 e surge quando animais consomem ração contaminada. Ela é excretada no leite e pode estar presente em queijos, iogurtes e outros derivados. Mesmo pasteurizado, o leite pode conter a toxina, já que ela é resistente ao calor.
Existem legislações nacionais e internacionais que estabelecem padrões para esta contaminante e é necessário atentar ao mercado e seguir as regras estabelecidas. Segundo a IN nº 160/2022 da Anvisa, os limites permitidos de Aflatoxina M1 em alimentos são:
A prevenção é a saída e ela começa no campo e segue por toda a cadeia produtiva. Veja os principais pontos:
Boas Práticas Agrícolas
Boas Práticas de Armazenamento
Leia o artigo sobre Micotoxinas para saber mais sobre o controle.
Análises periódicas em produtos de alto risco, como milho, amendoim e leite, são realizadas por Anvisa e MAPA. A indústria acompanha as legislações e participa de programas voluntários de monitoramento para garantir a conformidade.
A análise de perigos no APPCC deve considerar a origem das matérias-primas, o histórico do fornecedor e as condições de transporte e armazenamento. As micotoxinas devem ser levantadas como perigos químicos no APPCC.
Aproveite e baixe nossos materiais aqui!