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Por: Keli Lima Neves
#culturadesegurançadosalimentos
Hoje eu quero continuar falando sobre “Agilidade Emocional” e para isso trouxe uma reflexão que tenho usado muito, sobre a importância de focar no “O que?” e não no “Como?”.
Sempre que recebemos uma informação ela vem carregada de emoção, uma emoção que as vezes nem tem relação direta com a situação que estamos envolvidos naquele momento, e do outro lado, nós recebemos a informação também com dada emoção que dependendo da situação, pode despertar alguns gatilhos em nossas mentes e nos levar a emoções que também podem não estar relacionadas àquela situação de fato, mas, trazemos em nossas lembranças memórias que despertam sentimentos e por vezes acabamos repetindo padrões de comportamentos.
E não podemos esquecer que além do conteúdo da comunicação, ainda temos outras questões que envolvem a forma que isso chega até nós, como os meios de comunicação e o tom.
A comunicação/a informação, pode chegar através de uma conversa pessoalmente, telefone, email, mensagem de WhatsApp. A forma que a comunicação é realizada, por vezes dita o tom, principalmente quando a comunicação depende de uma interpretação total do receptor, como um email ou mensagem, onde o receptor lê e dá o tom que ele quer naquele momento, com base nas emoções que aquele assunto e aquela pessoa despertam nele.
Por isso, tenho usado muito essa dica, de focar no “O que” e não no “Como”. E parece pouco, mas faz muita diferença, vou dar alguns exemplos:
Em um processo de auditoria, o auditor é bastante arrogante e até deselegante, você já passou pelo processo da auditoria que foi bem desagradável e não agüenta mais ouvir falar no nome do auditor, você manda o plano de ação e ele devolve informando que você esqueceu de preencher o campo X do formulário. Quando você vê que ele enviou um email, você já abre com aquele frio na barriga, aquele desconforto e ao ver o título que diz “Favor fazer Correção”, você imediatamente pensa: “Lá vem esse cara arrogante implicar com alguma coisa!” O email vem conforme já é esperado, com o que aquela pessoa tem para oferecer, pouco simpático.
O fato é que o formulário está realmente preenchido de forma incorreta e precisa ser corrigido. Ou seja, o “O que” de toda essa situação é apenas “corrigir o formulário que ficou com campos sem preencher”. Simples assim! O restante foi emoção baseada no “Como”, no como esse auditor teceu a solicitação e mais que isso, baseada nas emoções que o receptor da informação já trazia consigo e a interpretação que ele mesmo fez do conteúdo da informação.
“Você tem um cliente que frequenta seu restaurante e não é nada amigável com as pessoas que trabalham lá, não cumprimenta as pessoas e sempre tem algo para reclamar. Já é conhecido no restaurante como “- Lá vem ele outra vez”. Você é o gestor do restaurante e já perdeu as contas de quantas vezes alguém já relatou o quanto aquele cliente é “desagradável”. Um dia, o tal cliente chama o garçom até a mesa e o garçom já vai até lá com aquele pensamento “– O que será que ele vai falar agora?”. O cliente mostra para o garçom que há um cabelo longo no meio do arroz que está no seu prato e o garçom retira o prato da mesa, pede desculpas e informa que irá levar a situação até o chefe de cozinha. O garçom vai até a cozinha e lá começa o burburinho sobre o cliente. Acontece que todos estão focados no “Como” quando deveriam ter focado no “O que”.
O fato é que focar no “Como” não resolve problema, para resolver a maioria das situações, precisamos ter maturidade para focar no “O que”, na forma mais isolada possível, quanto menor os ruídos maiores as chances de resolvermos com velocidade e sabedoria o “X da questão”, neste caso o nosso “O que”.
Tente fazer esse exercício, focar no “O que” da comunicação que chega para você e valorizar menos o “Como” essa informação chega, você verá que o resultado será ótimo para você e para os que convivem com você e precisam de sua decisão ou apoio em tomada de decisões.
Ouça o conteúdo completo no nosso podcast abaixo !
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