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Sensor portátil pode permitir o monitoramento da água em casa

O sensor é eficaz e de fácil utilização expande as fronteiras da detecção fora dos laboratórios, capacitando os indivíduos a identificarem substâncias químicas em líquidos, com ênfase na água.

Fonte: Jornal da USP

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um sensor portátil que promete revolucionar a forma como acompanhamos os compostos químicos em líquidos, especialmente aqueles que podem impactar a segurança da água que consumimos no dia a dia. 

Este dispositivo, resultado de uma pesquisa financiada pela Fapesp, está agora em processo de patenteamento. Os resultados foram reconhecidos pela Royal Society of Chemistry (Reino Unido) e publicados na renomada revista Sensors & Diagnostics.

Como o sensor é fabricado?

Esse sensor é fabricado com papel e nanopartículas de ouro sintetizadas por laser e foi desenvolvido para facilitar e baratear a produção de dispositivos que permitem identificar, fora do laboratório, compostos químicos presentes em líquidos, incluindo aqueles que podem comprometer a qualidade da água que consumimos. 

A um custo unitário de pouco mais de R$ 0,50, o sensor descartável tem como principal vantagem o fato de poder ser reproduzido em qualquer lugar do mundo, em larga escala, não dependendo de etapas “caseiras” (que demandam manuseio humano), o principal gargalo da indústria. A tecnologia ainda está em processo de patenteamento. 

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Os resultados do estudo

Os resultados do estudo, destacados pela Royal Society of Chemistry (Reino Unido) em sua conta no X (antigo Twitter), foram publicados em artigo na revista científica Sensors & Diagnostics. As nanopartículas do dispositivo foram fabricadas por meio de uma síntese com laser, retirando do processo a manipulação humana, que eleva o custo de produção. Isso possibilita a fabricação em larga escala, e o laser carboniza a superfície do papel, transformando a celulose em carbono e, com uma gota de solução de ouro, forma-se um nanomaterial na superfície.

As nanopartículas de ouro sobre o papel são as responsáveis pela reação eletroquímica que identifica as substâncias presentes no líquido. Segundo o pesquisador, também melhoram consideravelmente o desempenho em relação àqueles feitos por meio de serigrafia, impressão a jato de tinta, pulverização catódica e desenho a lápis, entre outros, pois garantem mais especificidade na detecção de espécies químicas frente a outras no mesmo ambiente. Outra vantagem é se tratar de um produto sustentável: feito de papelão, pode incluir material reaproveitado e subutilizado e não lança mão de reagentes químicos tóxicos nas reações, ao contrário dos procedimentos mais comuns para a fabricação de sensores. 

Leia mais sobre o estudo e suas diversas utilidades clicando aqui.

 
 
 

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