Conhecimento que Transforma
a Segurança dos Alimentos!
Juntos, semeamos conhecimento para colher um futuro mais seguro
Por: Keli Lima Neves
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Como é feita sua alimentação durante a semana: você faz o almoço e come em casa, leva uma marmita pronta para o trabalho ou faz as refeições em restaurantes e lanchonetes?
O hábito de “comer na rua”, segundo uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), aumenta a probabilidade de obesidade e de hipertensão.
De maneira geral, esses estabelecimentos oferecem uma grande variedade de alimentos gordurosos, como frituras, carnes, diversos tipos de carboidratos e de açúcares.
Além disso, os pratos disponíveis para que o consumidor se sirva costumam ser grandes, especialmente nos restaurantes de comida a quilo. Apesar do tamanho, a grande maioria deixa pouco ou nenhum espaço disponível para a salada.
Os riscos relacionados à alimentação fora de casa ultrapassam a discussão sobre a possibilidade ou não de se comer de forma saudável. Ao longo deste conteúdo, vamos mostrar os perigos de comer em lugares desconhecidos e a importância de garantir uma alimentação segura.
É importante destacar que existe opções saudáveis, mas a escolha por alimentos saudáveis ou não, é nossa! Também precisamos destacar que alguns (poucos) estabelecimentos se preocupam com o desperdício e por vezes fazem até campanha em relação ao tema.
Escolher por uma alimentação saudável ou não é algo eu nós, enquanto consumidores já entendemos bem, mas e saber se o lugar que estamos fazendo nossas refeições manipula os alimentos de forma apropriada, seguindo as Boas Práticas e que os alimentos são seguros? Como podemos saber?
São vários os motivos que levam as pessoas a não realizarem suas refeições em casa. Especialmente nos grandes centros, a distância entre a casa e o trabalho e a rotina corrida dificultam o preparo dos pratos.
Nessas condições, os alimentos feitos por bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos de consumo acabam sendo mais práticos. Apesar de mais cara do que a alimentação caseira, essa modalidade elimina a necessidade de fazer todo o preparo da comida e de lavar louças depois das refeições, economizando tempo.
Mesmo com essas e outras vantagens, comer fora de casa expõe as pessoas a riscos, que podem desencadear em doenças transmitidas por alimentos, especialmente quando os fornecedores e os distribuidores não seguem regras de segurança, de Boas Práticas. Dentre os maiores problemas, podemos citar:
O consumo de alimentos contaminados pode levar a uma intoxicação alimentar. Como principais sintomas, estão dores de cabeça fortes, diarréia, vômitos e, em casos mais graves, falta de ar.
Esses sinais podem aparecer em até 72 horas depois da ingestão do microrganismo responsável pela intoxicação. É fundamental monitorar os sintomas e, se houver piora no quadro, é necessário procurar um médico.
Muitos microrganismos estão associados a intoxicações alimentares, mas, precisamos salientar que não são apenas intoxicações que os alimentos contaminados desencadeiam. Como já vimos, as Doenças Transmitidas por água e alimentos podem desencadear: infecção, intoxicação e toxinfecção.
Na maioria das vezes, as parasitoses são transmitidas pelo contato com água e alimentos contaminados. Os parasitas intestinais são liberados pelas fezes de indivíduos infectados. Quando em contato com o solo, elas são transmitidas para o solo, afetando a qualidade da água e a superfície das hortaliças.
Se a higienização dos ingredientes das saladas não for feita de forma correta, os riscos de contrair uma parasitose são grandes. Nos adultos, os sintomas incluem dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos e distúrbios do apetite. As crianças podem desenvolver anemia, déficit nutricional, perda de peso e irrealidade.
A salmonelose é uma infecção causada pela Salmonella, uma das bactérias que mais impactam a saúde da população e a principal responsável por surtos alimentares no Brasil.
A Salmonella é resistente ao frio e, por isso, encontra em alimentos crus um local apropriado para se hospedar. Por outro lado, ela é sensível ao calor, e não é capaz de sobreviver a temperaturas superiores a 70ºC.
Para evitar a salmonelose, o mais indicado é não consumir alimentos mal cozidos e mal higienizados, em especial leite, ovo e carne. Priorize a ingestão de leite pasteurizado e alimentos bem assados por fora e por dentro.
Os sintomas, que podem aparecer entre 12 horas e 7 dias após a contaminação, são diarreia intensa, febre, náuseas, vômito, dores na barriga e na cabeça. Nas situações mais sérias, pode haver desidratação e presença de sangue nas fezes.
Sabemos que nem sempre é possível fazer uma inspeção minuciosa nos estabelecimentos, mas algumas medidas mais simples podem ser tomadas para garantir a segurança dos alimentos fora de casa. Além de verificar a validade dos alimentos, siga algumas dicas:
Vale ressaltar que a prática de visitar as cozinhas de restaurantes comerciais e industriais é permitida pela Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA). Caso se sinta mais seguro, recomendamos que peça para dar uma “olhadinha”. Acompanhe o blog da Semear e acesse conteúdos completos sobre segurança alimentar.
Você já viu que aqui o blog do SEMEAR nós temos um espaço para você contar as situações que você já vivenciou com alimentos contaminados? O objetivo é compartilhar situações e tirar dúvidas! Se você tiver alguma dúvida sobre DTHA, não deixe de enviar e tentarmos lhe ajudar!